domingo, 31 de janeiro de 2016

A bruxa




No México as histórias de bruxas são comuns e, principalmente as pessoas mais antigas, conhecem algum “causo” contendo estes seres apavorantes. Dizem que no inicio dos anos 60, em uma pequena cidade no México, vários bebês nasceram na mesma época.

Esta mesma cidade era assombrada por uma mulher asquerosa, que todos diziam ser uma bruxa e adoradora do mal. Ela costumava sair para os campos durante a noite, quando todos estavam dormindo para praticar suas bruxarias. Alguns agricultores alegaram que ela sempre era vista caminhando pelos campos, quando eles , alertados pelos barulhos dos animais , espiavam pelas frestas das janelas.

Porém , apesar da assustadora presença, os moradores não se preocupavam muito com ela, pois até aquele tempo ela não havia feito nenhum mal aos moradores da cidade, até que algo terrível aconteceu....

Uma noite um casal dormia com seu bebê entre eles. Eles eram tão pobres que não podiam pagar um colchão e usavam um tapete como sua cama. Os pais não dormiam muito perto de seu bebê, pois tinham medo que eles acidentalmente se mexessem e machucassem seu filho.

O bebê chorava e a mãe acordava e tentava colocá-lo de voltar a dormir. Sempre que ela ia dormir de novo ouvia o bebê chorar mais uma vez. Ela acordava e fazia o mesmo de antes. Isto ocorria por várias vezes e a mãe acabou ficando irritada, pois estava muito cansada naquela noite. O pai dormia e estranhamente, não acordava com o choro do beber. Sem paciência, quando na quinta vez que o bebê chorou a mãe decidiu ignora-lo pensando que logo ele dormiria.

O bebê chorou por mais alguns minutos e a mãe continuou a ignorar o seu bebê até que ela ouviu alguém andando na rua. Ela ouviu a porta ranger e abrir lentamente. Ficou uns instantes, pensando que o barulho na porta tinha sido apenas uma impressão quando percebeu que seu filho havia ficado quieto e ela pensou que finalmente ele estava dormindo.

Quando a mãe fez um carinho no filho , percebeu que ele estava muito gelado, então ela o pegou no colo e emitiu um grito de gelar o sangue, tão alto que foi o suficiente para acordar até os seus vizinhos que moravam em uma casa próxima. As pernas e braços estavam todos arranhados e o bêbe estava desfalecido.

Acordado com o grito da mulher o homem saiu correndo na rua gritando desesperadamente: "- A bruxa! A bruxa atacou meu filho, ela atacou meu filho!

A mãe orando e com a criança junto ao peito jurou que havia ouvido uma mulher rindo ao longe.... Felizmente a criança se recuperou, apesar de manter algumas cicatrizes.

Depois disso muitos pais levavam suas crianças para perto deles quando dormiam. Às vezes, as crianças choravam no meio da noite e as mães começavam a reza para espantar a bruxa.

Outros relatos de crianças atacadas foram ouvidos pela cidade e muitos deixaram o local se mudando para cidades mais afastadas. Ninguém teve coragem de ir atrás da bruxa e fazê-la responder pelos ataques....

Até hoje dizem que o local é assombrado pela mulher que, as vezes, é vista andando pelos campos durante a noite. E o maior temor dos pais é ouvir seus filhos chorando, todos correm até eles imaginando que a bruxa está atacando novamente....


sábado, 30 de janeiro de 2016

Saindo da rotina




Filho! Você precisa mudar. Disse a mãe do garoto.
- Mudar pra quê mãe? Eu estou super legal.
- Sei! Você ta legal é para se dar mal na vida. Depois que você acabou o colégio você não quer saber de mais nada. Agora fica aí o dia inteiro dentro desse quarto só comendo e dormindo.
Essa semana você ficou dormindo na segunda, ficou dormindo na terça, na quarta, na quinta e hoje que é sexta feira, você só saiu do quarto para ir ao banheiro. Ficou dormindo o dia inteirinho. Eu não sei como você aguenta? Quero só ver o que você vai fazer na semana que vem. Desabafou a mulher.
- Pode ficar tranquila mãe. Na semana que vem eu vou fazer um lance diferente.
- Vai?
- Vou!...Quero sair dessa rotina.
- Que bacana filho! O que você vai fazer?
- Vou dormir na sala.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

O homem e a sombra




Era uma vez um homem que era bem timido. Ele não tinha muitos amigos, na verdade nunca nem tinha se apaixodo.
Então certo dia, bem ensolarado ele estava na calçada e vio uma sombra, era a sombra dele!! Ele no mesmo momento se apaixonou:
- Que coisa linda!!- disse ele impressionadissimo.
Ficou tão surpreso com a figura que decidio casar-se! Com a sua propria sombra.
Então os dias ensolarados do verão se foram e so restou a escuridão. O homem estava desispereado procurando a sombra pois sem o sol ela não dava as caras.
Porem não demorou muito para ele descobrirque se houvesse luz ele poderia sempre estar ao lado de sua amada sombra, e foi isso que ele fez, foi ate a loja de coisas da esquina e comprou uma lanterna.
Ela apareceu novamente! E os dois viveram felizes para sempre.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Soldadinho de Chumbo





Numa loja de brinquedos havia uma caixa de papelão com vinte e cinco soldadinhos de chumbo, todos iguaizinhos, pois haviam sido feitos com o mesmo molde. Apenas um deles era perneta: como fora o último a ser fundido, faltou chumbo para completar a outra perna. Mas o soldadinho perneta logo aprendeu a ficar em pé sobre a única perna e não fazia feio ao lado dos irmãos.
Esses soldadinhos de chumbo eram muito bonitos e elegantes, cada qual com seu fuzil ao ombro, a túnica escarlate, calça azul e uma bela pluma no chapéu. Além disso, tinham feições de soldados corajosos e cumpridores do dever.
Os valorosos soldadinhos de chumbo aguardavam o momento em que passariam a pertencer a algum menino.
Chegou o dia em que a caixa foi dada de presente de aniversário a um garoto. Foi o presente de que ele mais gostou:
— Que lindos soldadinhos! — exclamou maravilhado.
E os colocou enfileirados sobre a mesa, ao lado dos outros brinquedos. O soldadinho de uma perna só era o último da fileira.
Ao lado do pelotão de chumbo se erguia um lindo castelo de papelão, um bosque de árvores verdinhas e, em frente, havia um pequeno lago feito de um pedaço de espelho.
A maior beleza, porém, era uma jovem que estava em pé na porta do castelo. Ela também era de papel, mas vestia uma saia de tule bem franzida e uma blusa bem justa. Seu lindo rostinho era emoldurado por longos cabelos negros, presos por uma tiara enfeitada com uma pequenina pedra azul.
A atraente jovem era uma bailarina, por isso mantinha os braços erguidos em arco sobre a cabeça. Com uma das pernas dobrada para trás, tão dobrada, mas tão dobrada, que acabava escondida pela saia de tule.
O soldadinho a olhou longamente e logo se apaixonou, e pensando que, tal como ele, aquela jovem tão linda tivesse uma perna só.
“Mas é claro que ela não vai me querer para marido”, pensou entristecido o soldadinho, suspirando.
“Tão elegante, tão bonita… Deve ser uma princesa. E eu? Nem cabo sou, vivo numa caixa de papelão, junto com meus vinte e quatro irmãos”.
À noite, antes de deitar, o menino guardou os soldadinhos na caixa, mas não percebeu que aquele de uma perna só caíra atrás de uma grande cigarreira.
Quando os ponteiros do relógio marcaram meia-noite, todos os brinquedos se animaram e começaram a aprontar mil e uma. Uma enorme bagunça!
As bonecas organizaram um baile, enquanto o giz da lousa desenhava bonequinhos nas paredes. Os soldadinhos de chumbo, fechados na caixa, golpeavam a tampa para sair e participar da festa, mas continuavam prisioneiros.
Mas o soldadinho de uma perna só e a bailarina não saíram do lugar em que haviam sido colocados.
Contos, fabulas e historinhas: O Soldadinho de Chumbo

Ele não conseguia parar de olhar aquela maravilhosa criatura. Queria ao menos tentar conhecê-la, para ficarem amigos.
De repente, se ergueu da cigarreira um homenzinho muito mal-encarado. Era um gênio ruim, que só vivia pensando em maldades.
Assim que ele apareceu, todos os brinquedos pararam amedrontados, pois já sabiam de quem se tratava.
O geniozinho olhou a sua volta e viu o soldadinho, deitado atrás da cigarreira.
— Ei, você aí, por que não está na caixa, com seus irmãos? — gritou o monstrinho.
Fingindo não escutar, o soldadinho continuou imóvel, sem desviar os olhos da bailarina.
— Amanhã vou dar um jeito em você, você vai ver! - gritou o geniozinho enfezado.
Depois disso, pulou de cabeça na cigarreira, levantando uma nuvem que fez todos espirrarem.
Na manhã seguinte, o menino tirou os soldadinhos de chumbo da caixa, recolheu aquele de uma perna só, que estava caído atrás da cigarreira, e os arrumou perto da janela.
O soldadinho de uma perna só, como de costume, era o último da fila.
De repente, a janela se abriu, batendo fortemente as venezianas. Teria sido o vento, ou o geniozinho maldoso?
E o pobre soldadinho caiu de cabeça na rua.
O menino viu quando o brinquedo caiu pela janela e foi correndo procurá-lo na rua. Mas não o encontrou. Logo se consolou: afinal, tinha ainda os outros soldadinhos, e todos com duas pernas.
Para piorar a situação, caiu um verdadeiro temporal.
Quando a tempestade foi cessando, e o céu limpou um pouco, chegaram dois moleques. Eles se divertiam, pisando com os pés descalços nas poças de água.
Um deles viu o soldadinho de chumbo e exclamou:
— Olhe! Um soldadinho! Será que alguém jogou fora porque ele está quebrado?
— É, está um pouco amassado. Deve ter vindo com a enxurrada.
— Não, ele está só um pouco sujo.
— O que nós vamos fazer com um soldadinho só? Precisaríamos pelo menos meia dúzia, para organizar uma batalha.
— Sabe de uma coisa? — Disse o primeiro garoto. —Vamos colocá-lo num barco e mandá-lo dar a volta ao mundo.
E assim foi. Construíram um barquinho com uma folha de jornal, colocaram o soldadinho dentro dele e soltaram o barco para navegar na água que corria pela sarjeta.
Apoiado em sua única perna, com o fuzil ao ombro, o soldadinho de chumbo procurava manter o equilíbrio.
O barquinho dava saltos e esbarrões na água lamacenta, acompanhado pelos olhares dos dois moleques que, entusiasmados com a nova brincadeira, corriam pela calçada ao lado.
Lá pelas tantas, o barquinho foi jogado para dentro de um bueiro e continuou seu caminho, agora subterrâneo, em uma imensa escuridão. Com o coração batendo fortemente, o soldadinho voltava todos seus pensamentos para a bailarina, que talvez nunca mais pudesse ver.
De repente, viu chegar em sua direção um enorme rato de esgoto, olhos fosforescente e um horrível rabo fino e comprido, que foi logo perguntando:
— Você tem autorização para navegar? Então? Ande, mostre-a logo, sem discutir.
O soldadinho não respondeu, e o barquinho continuou seu incerto caminho, arrastado pela correnteza. Os gritos do rato do esgoto exigindo a autorização foram ficando cada vez mais distantes.
Enfim, o soldadinho viu ao longe uma luz, e respirou aliviado; aquela viagem no escuro não o agradava nem um pouco. Mal sabia ele que, infelizmente, seus problemas não haviam acabado.
A água do esgoto chegara a um rio, com um grande salto; rapidamente, as águas agitadas viraram o frágil barquinho de papel.
O barquinho virou, e o soldadinho de chumbo afundou.
Mal tinha chegado ao fundo, apareceu um enorme peixe que, abrindo a boca, engoliu-o.
O soldadinho se viu novamente numa imensa escuridão, espremido no estômago do peixe. E não deixava de pensar em sua amada: “O que estará fazendo agora sua linda bailarina? Será que ainda se lembra de mim?”.
E, se não fosse tão destemido, teria chorado lágrimas de chumbo, pois seu coração sofria de paixão.
Passou-se muito tempo — quem poderia dizer quanto?
E, de repente, a escuridão desapareceu e ele ouviu quando falavam:
— Olhe! O soldadinho de chumbo que caiu da janela!
Sabem o que aconteceu? O peixe havia sido fisgado por um pescador, levado ao mercado e vendido a uma cozinheira. E, por cúmulo da coincidência, não era qualquer cozinheira, mas sim a que trabalhava na casa do menino que ganhara o soldadinho no aniversário.
Ao limpar o peixe, a cozinheira encontrara dentro dele o soldadinho, do qual se lembrava muito bem, por causa daquela única perna.
Levou-o para o garotinho, que fez a maior festa ao revê-lo. Lavou-o com água e sabão, para tirar o fedor de peixe, e endireitou a ponta do fuzil, que amassara um pouco durante aquela aventura.
Limpinho e lustroso, o soldadinho foi colocado sobre a mesma mesa em que estava antes de voar pela janela. Nada estava mudado. O castelo de papel, o pequeno bosque de árvores muito verdes, o lago reluzente feito de espelho. E, na porta do castelo, lá estava ela, a bailarina: sobre uma perna só, com os braços erguidos acima da cabeça, mais bela do que nunca.
O soldadinho olhou para a bailarina, ainda mais apaixonado, ela olhou para ele, mas não trocaram palavra alguma. Ele desejava conversar, mas não ousava. Sentia-se feliz apenas por estar novamente perto dela e poder amá-la.
Se pudesse, ele contaria toda sua aventura; com certeza a linda bailarina iria apreciar sua coragem. Quem sabe, até se casaria com ele…
Enquanto o soldadinho pensava em tudo isso, o garotinho brincava tranqüilo com o pião.
De repente como foi, como não foi — é caso de se pensar se o geniozinho ruim da cigarreira não metera seu nariz —, o garotinho agarrou o soldadinho de chumbo e atirou-o na lareira, onde o fogo ardia intensamente.
O pobre soldadinho viu a luz intensa e sentiu um forte calor. A única perna estava amolecendo e a ponta do fuzil envergava para o lado. As belas cores do uniforme, o vermelho escarlate da túnica e o azul da calça perdiam suas tonalidades.
O soldadinho lançou um último olhar para a bailarina, que retribuiu com silêncio e tristeza. Ele sentiu então que seu coração de chumbo começava a derreter — não só pelo calor, mas principalmente pelo amor que ardia nele.
Naquele momento, a porta escancarou-se com violência, e uma rajada de vento fez voar a bailarina de papel diretamente para a lareira, bem junto ao soldadinho. Bastou uma labareda e ela desapareceu. O soldadinho também se dissolveu completamente.
No dia seguinte. a arrumadeira, ao limpar a lareira, encontrou no meio das cinzas um pequenino coração de chumbo: era tudo que restara do soldadinho, fiel até o último instante ao seu grande amor.
Da pequena bailarina de papel só restou a minúscula pedra azul da tiara, que antes brilhava em seus longos cabelos negros.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Chamadas do além



Você já ouviu falar de pessoas que receberam ligações telefônicas de alguém que, sem elas saberem, havia acabado de falecer? Essa história aconteceu nos EUA, em 2008, depois de um terrível acidente envolvendo dois trens que provocou a morte de 25 pessoas. Sabendo que Charles Peck estava viajando em um dos trens, seus familiares entraram em pânico, aguardando ansiosamente por notícias. Até que receberam uma ligação. E outra. E mais outra!
No total, foram 35 chamadas realizadas do celular de Peck e, apesar de os policiais terem achado a vítima através do sinal do aparelho, o encontro não foi nada feliz. Peck já estava morto, preso às ferragens, e até hoje ninguém jamais conseguiu explicar como as ligações puderam ser realizadas. E sabe o mais irônico dessa história? O acidente ocorreu porque um dos maquinistas se distraiu com o próprio celular e passou em um sinal vermelho.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A bela e a Fera




Era uma vez um jovem príncipe que vivia no seu lindo castelo. Apesar de toda a sua riqueza ele era muito egoísta e não tinha amigos.
Numa noite chuvosa recebeu a visita de uma velhinha que lhe pediu abrigo só por aquela noite.
Com um enorme mal humor ele se recusou a ajudar a velhinha. Porém, o que ele não sabia é que aquela velhinha era uma bruxa disfarçada, que já ouvira diversas histórias sobre o egoísmo daquele jovem príncipe. Indignada com a sua atitude, ela lançou sobre ele um feitiço que o transformara numa fera horrível. Todos os seu criados haviam se transformado em objetos. O encanto só poderia ser desfeito se ele recebesse um beijo de amor.
Enquanto isso, numa vila distante dali, vivia um comerciante com sua filha chamada Bela. Eles eram pobres, mas muito felizes.
Bela adorava livros, histórias, vivia a contá-las para as crianças da vila. Seu pai, Maurício, era comerciante e viajava muito comparando e vendendo seus produtos diversos.
Um dia voltando de uma longa viajem, Maurício foi pego de surpresa por uma forte tempestade, passou em frente a um castelo que parecia abandonado e resolveu pedir acolhida. Bateu à porta, mas ninguém o atendeu. Como a porta do castelo estava aberta resolveu entrar se proteger da chuva. Acendeu a lareira e encontrou uma garrafa de vinho sobre a mesma. Após bebê-la acabou adormecendo. No dia seguinte uma Fera furiosa apareceu diante dele. Quis castigá-lo por invadir o seu castelo e assim, o fez prisioneiro.
A Fera decretou ao velho comerciante que este morreria por tal invasão. Aterrorizado, o pobre homem suplicou:
__ Deixa que me despeça da minha filha.
A Fera concedeu-lhe o pedido. De volta a sua casa, contou o ocorrido a sua filha. Sem medo, ela decidiu voltar ao palácio com o pai.
Uma vez no palácio da Fera, Bela tomou coragem e fez uma proposta:
- Deixa meu pai ir embora. Eu ficarei no lugar dele.
A Fera concordou, e o pobre comerciante foi embora desolado.
A jovem permaneceu com a Fera no castelo, mas não era mantida na prisão, podia ficar em um quarto ou na biblioteca, local que muito a agradava.
Bela tinha medo de morrer, mas percebia que a Fera a tratava bem a cada dia que passava.

Contos, fabulas e historinhas: A Bela e a Fera

Com o passar do tempo o monstro e a Bela foram ficando mais amigos. Ele se encantava com a forma que a moça via o mundo, as pessoas a natureza. Sentia que ela o via de uma forma diferente, além da sua aparência.
A Fera enfim havia se apaixonado, de verdade. Numa noite, ao jantarem, pediu-a em casamento. Bela não aceitou, mas ofereceu sua amizade.
Apesar da tristeza, a Fera, aceitou o desejo da Bela.
Bela , por sua vez, passava dias muito agradáveis no castelo, sentia-se bem lá, porém com muitas saudades do seu pobre pai.
Certo dia dia, Bela pediu permissão à Fera para visitar o seu pai.
- Voltarei logo - prometeu.
A Fera, que nada lhe podia negar, a deixou partir. Bela passou muitos dias cuidando de seu pai, que estava doente, tinha envelhecido de tristeza pensando que tinha perdido a filha para sempre.
Quando Bela retornou ao palácio, encontrou a Fera no chão meio morta de saudade por sua ausência. Então Bela soube o quanto era amada.
Bela se desesperou, também sentia um algo forte pela Fera. Amizade, amor compaixão.
- Não morras, caso-me contigo - disse-lhe chorando.
Comovida, a Bela beijou a Fera... e nesse momento o monstro transformou-se num belo príncipe. Enfim, o encanto havia se desfeito. A Fera encontrou alguém que o amava de verdade, além da sua aparência grotesca.
Afinal, a verdadeira beleza está no coração.

domingo, 24 de janeiro de 2016

O Senhor Palha



Era uma vez, há muitos e muitos anos, é claro, porque as melhores histórias passam-se sempre há muitos e muitos anos, um homem chamado Senhor Palha. Ele não tinha casa, nem mulher, nem filhos. Para dizer a verdade, só tinha a roupa do corpo. Ora o Senhor Palha não tinha sorte. Era tão pobre que mal tinha para comer e era magrinho como um fiapo de palha. Era por esse motivo que as pessoas lhe chamavam Senhor Palha.

Todos os dias o Senhor Palha ia ao templo pedir à Deusa da Fortuna que melhorasse a sua sorte, mas nada acontecia. Até que um dia, ele ouviu uma voz sussurrar:


— A primeira coisa em que tocares quando saíres do templo há- de trazer-te uma grande fortuna.

O Senhor Palha apanhou um susto. Esfregou os olhos, olhou em volta, mas viu que estava bem acordado e que o templo estava vazio. Mesmo assim, saiu a pensar: “Terei sonhado ou foi a Deusa da Fortuna que falou comigo?” Na dúvida, correu para fora do templo, ao encontro da sorte. Mas, na pressa, o pobre Senhor Palha tropeçou nos degraus e foi rolando aos trambolhões até o final da escada, onde caiu por terra. Ao levantar-se, ajeitou as roupas e percebeu que tinha alguma coisa na mão. Era um fio de palha.

“Bom”, pensou ele, “uma palha não vale nada, mas, se a Deusa da Fortuna quis que eu o apanhasse, é melhor guardá-lo.”

E lá foi ele, com a palha na mão.

Pouco depois, apareceu uma libélula zumbindo em volta da cabeça dele. Tentou afastá-la, mas não adiantou. A libélula zumbia loucamente ao redor da cabeça dele. “Muito bem”, pensou ele. “Se não queres ir embora, fica comigo.” Apanhou a libélula e amarrou-lhe o fio de palha à cauda. Ficou a parecer um pequeno papagaio (de papel), e ele continuou a descer a rua com a libélula presa à palha. Encontrou a seguir uma florista, que ia a caminho do mercado com o filho pequenino, para vender as suas flores. Vinham de muito longe. O menino estava cansado, coberto de suor, e a poeira fazia-o chorar. Mas quando viu a libélula a zumbir amarrada ao fio de palha, o seu pequeno rosto animou-se.

— Mãe, dás-me uma libélula? — pediu. — Por favor!

“Bem”, pensou o Senhor Palha, “a Deusa da Fortuna disse-me que a palha traria sorte. Mas este garotinho está tão cansado, tão suado, que ficará certamente mais feliz com um pequeno presente.” E deu ao menino a libélula presa à palha.

— É muita bondade sua — disse a florista. — Não tenho nada para lhe dar em troca além de uma rosa. Aceita?

O Senhor Palha agradeceu e continuou o seu caminho, levando a rosa. Andou mais um pouco e viu um jovem sentado num tronco de árvore, segurando a cabeça entre as mãos. Parecia tão infeliz que o Senhor Palha lhe perguntou o que tinha acontecido.

— Hoje à noite, vou pedir a minha namorada em casamento — queixou-se o rapaz. — Mas sou tão pobre que não tenho nada para lhe oferecer.

— Bem, eu também sou pobre — disse o Senhor Palha. — Não tenho nada de valor mas, se quiser dar-lhe esta rosa ela é sua.

O rosto do rapaz abriu-se num sorriso ao ver a esplêndida rosa.

— Fique com estas três laranjas, por favor — disse o jovem. — É só o que posso dar-lhe em troca.

O Senhor Palha continuou a andar, levando três suculentas laranjas. Em seguida, encontrou um vendedor ambulante a puxar uma pequena carroça.

— Pode ajudar-me? — disse o vendedor ambulante, exausto. — Tenho puxado esta carroça durante todo o dia e estou com tanta sede que acho que vou desmaiar. Preciso de um gole de água.

— Acho que não há nenhum poço por aqui — disse o Senhor Palha. — Mas, se quiser, pode chupar estas três laranjas.

O vendedor ambulante ficou tão grato que pegou num rolo da mais fina seda que havia na carroça e deu-o ao Senhor Palha, dizendo:

— O senhor é muito bondoso. Por favor, aceite esta seda em troca.

E, uma vez mais, o Senhor Palha continuou o seu caminho, com o rolo de seda debaixo do braço.

Não tinha dado dez passos quando viu passar uma princesa numa carruagem. Tinha um olhar preocupado, mas a sua expressão alegrou-se ao ver o Senhor Palha.

— Onde arranjou essa seda? — gritou ela. — É justamente aquilo de que estou à procura. Hoje é o aniversário de meu pai e quero dar-lhe um quimono real.

— Bem, já que é aniversário dele, tenho prazer em oferecer-lhe a seda — disse o Senhor Palha.

A princesa mal podia acreditar em tamanha sorte.

— O senhor é muito generoso — disse sorrindo. — Por favor, aceite esta jóia em troca.

A carruagem afastou-se, deixando o Senhor Palha com uma jóia de inestimável valor refulgindo à luz do sol.

“Muito bem”, pensou ele, “comecei com um fio de palha que não valia nada e agora tenho uma jóia. Sinto-me contente.”

Levou a jóia ao mercado, vendeu-a e, com o dinheiro, comprou uma plantação de arroz. Trabalhou muito, arou, semeou, colheu, e a cada ano a plantação produzia mais arroz. Em pouco tempo, o Senhor Palha ficou rico.

Mas a riqueza não o modificou. Oferecia sempre arroz aos que tinham fome e ajudava todos os que o procuravam. Diziam que a sua sorte tinha começado com um fio de palha, mas quem sabe se não terá sido com a sua generosidade?



Generosidade
Sempre que ajudares alguém, procura passar despercebido.
Quanto menos te evidenciares, mais a tua ajuda terá valor.




sábado, 23 de janeiro de 2016

Noite de Terror (fatos reais)


Meu nome é Karen. Tenho uma prima chamada Mariana, ela é evangélica e eu sou católica. Certo dia, todos da nossa familia se reunimos para uma ceia. Como a casa não é muito grande tivemos que dormir na casa do meu tio. Mariana Silvia e eu fomos dormir no quarto do meu tio que fica perto de uma janela enorme e uma escada, como não tinha nada para fazer resolvemos pegar alguns livros para ler, ficamos lendo até uma 2:50h da madrugada, então resolvemos dormir … A nossa prima Silvia já tinha dormido e só ficamos nós duas acordadas, quando deu 3 horas agente começou a ouvir passos na escada e vozes se aproximando, ficamos morrendo de medo, e começamos a orar. Quanto mais oramos mais vozes apareciam … Começamos a chorar, do nada sentimos uma mão nas nossas costas, e ficamos paralisadas não conseguimos se mover, o medo tomava conta dos nossos corpos . Então a mão foi se aproximando cada vez mais e então, quando olhamos para trás vimos uma mulher toda de branco, com o nariz sangrando … Então começamos a gritar e chorar … E ela chegou bem perto e disse “Vocês nunca estão sozinhos” e de repente pegamos no sono, quando acordamos nós fomos decendo as escadas calmamente e morrendo de medo, do nada nós se deparamos com uma mancha enorme de SANGUE na parede. Subimos as escadas correndo, quando nós entram no quarto, novamente aparece a tal mulher que dizia “Não importa onde quer que vocês estarão , SEMPRE estarei com vocês” ….

Ja estou com 16 anos, e a tal mulher continua aparecendo pra mim e para a Mariana

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O romance





Foi Deus quem fez Sara e Renan nascerem um para o outro. Mas eles não sabiam disso. Muitos anos foram necessários para que ambos se cruzassem pela primeira vez, naquela sala de cinema.
“Acho que ela olhou pra mim”, pensou Renan.
“Que lindinho. E tá olhando pra mim”, pensou Sara.
“Gata assim, aposto que tem namorado”.
“Sem anel no dedo, deve ser solteiro”.
“E se for solteira, só deve sair com quem tem grana… mulheres”.
“Ainda tá olhando pra mim, vou jogar o cabelo pra trás.”
“Ela mexeu no cabelo. Tá me dando bola?”
“Será que fui muito sutil? Ou será meu batom? Ai meu Deus, eu to de batom?”
“Quê que ela tá fazendo? Pra que batom?”
“Espera. Não vou passar batom, ia ser muito óbvio.”
“Ela é linda.”
“Ele é lindo.”
“E se eu fosse lá falar com ela?”
“Preciso fazer alguma coisa. Vou fingir que to procurando alguém e olhar pra ele de novo”.
“Ela tá procurando por alguém. Bem que ela podia olhar pra mim. Olhou!”
“Desviou o olhar. Que lindinho, é tímido.”
“Vou lá do lado dela. Ou não?”
Foi quando as luzes se apagaram e o filme começou. Deus, lá de cima, observava tudo com ternura (enquanto evitava uma batida de carros na Paulista). Na tela do cinema, um casal de desconhecidos se apaixonava loucamente, à primeira vista.
“Adoro comédia romântica”, pensou Sara.
“Peraí! Cadê o Stallone? Droga, entrei na sala errada!”, deu-se conta Renan.
“Que filme lindo. Pena que não acontece na vida real.”
“Que bobeira. Casais não se encontram assim, ao acaso”.
“Será que ele ainda tá olhando pra mim?”
“Desisto, vou procurar a sala com o filme do Stallone. Ei, ela tá… ela tava olhando pra mim?”
Uma linda canção de amor começou a tocar no filme, preenchendo a distância entre Sara e Renan. Um beijo na tela a fez suspirar. E ele, por instantes, esqueceu da timidez, da vida e do Stallone.
“É isso, vou me sentar do lado dela.”
“Ai, Meu Deus, ele tá vindo”.
“Ela me viu chegando.”
“Ele é tão cheiroso!”
“Ela é mais linda de perto. O que eu faço agora?”
Enquanto Renan se decidia, Sara pulsava em ansiedade. Só conseguiu olhar para o filme e sorrir, disfarçando o nervosismo, embora seus pés inquietos ainda a denunciassem.
“Oi, meu nome é Renan, e o seu? Não, muito óbvio. Tenho que ser mais descolado.”
“Gente, o que tá acontecendo no filme, eu to perdida.”
“Ela tá prestando atenção no filme. Melhor esperar acabar.”
“Ele desistiu?”
“E se eu pegar a mão dela?”
“Seria lindo se ele pegasse na minha mão. Ai, que fria essa sala.”
“Ela tá com frio. Oferece o casaco, oferece o casaco”.
Porém, as palavras “The End” apareceram na tela. As luzes se acenderam. A coragem se apagou. Tiveram tempo pra uma breve troca de olhares e levantaram-se. Cada um seguindo seu caminho. E lá em cima, Deus deu um tapa na própria testa e disse:
– Dãããããããã!
Num estalo de dedos, o Criador fez a porta do cinema emperrar e uma imensa fila se formou na saída da sala. Quando Sara se deu conta, Renan estava a seu lado.
“É ele.”
“É ela”.
“E agora?”
“Ela tá olhando pra mim. Seja o que Deus quiser”, e estendeu o corpo para beijá-la.
“Ele vai me beijar”, pensou Sara, fechando os olhos.
– Eu…
– Shhhhh…
E assim, sem palavras, se beijaram. Como nos filmes.
Lá em cima, Deus materializou um saquinho de pipoca, sentou-se em suas nuvens macias e colocou um disco dos Beatles pra tocar. Mais um final feliz. Como nos filmes.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Gato de botas





Era uma vez um moleiro muito pobre, que tinha três filhos. Os dois mais velhos eram preguiçosos e o caçula era muito trabalhador.
Quando o moleiro morreu, só deixou como herança o moinho, um burrinho e um gato. O moinho ficou para o filho mais velho, o burrinho para o filho do meio e o gato para o caçula. Este último ficou muito descontente com a parte que lhe coube da herança, mas o gato lhe disse:
__Meu querido amo, compra-me um par de botas e um saco e, em breve, te provarei que sou de mais utilidade que um moinho ou um asno.
Assim, pois, o rapaz converteu todo o dinheiro que possuía num lindo par de botas e num saco para o seu gatinho. Este calçou as botas e, pondo o saco às costas, encaminhou-se para um sítio onde havia uma coelheira. Quando ali chegou, abriu o saco, meteu-lhe uma porção de farelo miúdo e deitou-se no chão fingindo-se morto.
Excitado pelo cheiro do farelo, o coelho saiu de seu esconderijo e dirigiu-se para o saco. O gato apanhou-o logo e levou-o ao rei, dizendo-lhe:
__Senhor, o nobre marquês de Carabás mandou que lhe entregasse este coelho. Guisado com cebolinhas será um prato delicioso.
__Coelho?! - exclamou o rei.
__ Que bom! Gosto muito de coelho, mas o meu cozinheiro não consegue nunca apanhar nenhum. Diga ao teu amo que eu lhe mando os meus mais sinceros agradecimentos.
No dia seguinte, o gatinho apanhou duas perdizes e levou-as ao rei como presente do marquês de Carabás.
Durante um tempo, o gato continuou a levar ao palácio outros presente, todos dizia ser da parte do Marquês de Carabás.
Um dia o gato convidou seu amo para tomar um banho no rio. Ao chegarem ao local o gato disse ao jovem:
__ De hoje em diante seu nome será Marquês de Carabás. Agora, por favor, tire sua roupa e entre na água.
O rapaz não estava entendendo nada, mas como confiava no gato atendeu seu pedido.
O gato havia levado rapaz no local por onde devia passar a carruagem real.
esperto gato ao ver uma carruagem se aproximando começou a gritar:
__Socorro! Socorro!
Que aconteceu? - perguntou o rei, descendo da sua carruagem.
Os ladrões roubaram a roupa do nobre marquês de Carabás! - disse o gato.
__ Meu amo está dentro da água, ficará resfriado.
O rei mandou imediatamente uns servos ao palácio; voltaram daí a pouco com um magnífico vestuário feito para o próprio rei, quando jovem.

O dono do gato vestiu-se e ficou tão bonito que a princesa, assim que o viu, dele se enamorou. O rei também ficou encantado e murmurou:
__Eu era exatamente assim, nos meus tempos de moço.
O rei convidou o falso marquês para subir em sua carruagem.
__ Será que a vossa majestade nos dá a honra de visitar o palácio do Marquês de Carabás? – perguntou o gato, diante do olhar aflito do rapaz
O rei aceitou o convite e o gato saiu na frente, para arrumar uma recepção par ao rei e a princesa.
O gato estava radiante com o êxito do seu plano; e, correndo à frente da carruagem, chegou a uns campos e disse aos lavradores:
__O rei está chegando; se não lhes disserem que todos estes campos pertencem ao marquês de Carabás, o rei mandará cortar-lhes a cabeça.
De forma que, quando o rei perguntou de quem eram aquelas searas, os lavradores responderam-lhe:
__Do muito nobre marquês de Carabás.
__Que lindas propriedades tens tu!- elogiou o rei ao jovem.
O moço sorriu perturbado, e o rei murmurou ao ouvido da filha:
__Eu também era assim, nos meus tempos de moço.
Mais adiante, o gato encontrou uns camponeses ceifando trigo e lhes fez a mesma ameaça: __Se não disserem que todo este trigo pertence ao marquês de Carabás, faço picadinho de vocês.
Assim, quando chegou a carruagem real e o rei perguntou de quem era todo aquele trigo, responderam:
__Do mui nobre marquês de Carabás.
O rei ficou muito entusiasmado e disse ao moço:
__ Ó marquês! Tens muitas propriedades!
O gato continuava a correr à frente da carruagem; atravessando um espesso bosque, chegou à porta de um magnífico palácio, no qual vivia um ogro muito malvado que era o verdadeiro dono dos campos semeados. O gatinho bateu à porta e disse ao ogro que a abriu:
__Meu querido ogro, tenho ouvido por aí umas histórias a teu respeito. Dizei-me lá: é certo que te podes transformar no que quiseres?
__ Certíssimo - respondeu o ogro, e transformou-se num leão.
__ Isso não vale nada - disse o gatinho. - Qualquer um pode inchar e aparecer maior do que realmente é. Toda a arte está em se tornar menor. Poderias, por exemplo, transformar-te em rato?
__ É fácil - respondeu o ogro, e transformou-se num rato.
O gatinho deitou-lhe logo as unhas, comeu-o e desceu logo a abrir a porta, pois naquele momento chegava a carruagem real. E disse:
__ Bem vindo seja, senhor, ao palácio do marquês de Carabás.
__ Olá! - disse o rei
__ Que formoso palácio tens tu! Peço-te a fineza de ajudar a princesa a descer da carruagem.
O rapaz, timidamente, ofereceu o braço à princesa e o rei murmurou-lhe ao ouvido:
__ Eu também era assim tímido, nos meus tempos de moço.
Entretanto, o gatinho meteu-se na cozinha e mandou preparar um esplêndido almoço, pondo na mesa os melhores vinhos que havia na adega; e quando o rei, a princesa e o amo entraram na sala de jantar e se sentaram à mesa, tudo estava pronto.
Depois do magnífico almoço, o rei voltou-se para o rapaz e disse-lhe:
__ Jovem, és tão tímido como eu era nos meus tempos de moço. Mas percebo que gostas muito da princesa, assim como ela gosta de ti. Por que não a pedes em casamento?
Então, o moço pediu a mão da princesa, e o casamento foi celebrado com a maior pompa. O gato assistiu, calçando um novo par de botas com cordões encarnados e bordados a ouro e preciosos diamantes.
E daí em diante, passaram a viver muito felizes. E se o gato às vezes ainda se metia a correr atrás dos ratos, era apenas por divertimento; porque absolutamente não mais precisava de ratos para matar a fome...




quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pinóquio



Pinóquio — Uma História Mágica
Pinóquio — uma História Mágica, é um conto universal que encanta pela sua simplicidade e fala para as crianças de todas as idades.


Considerada como uma das grandes obras da Disney, adaptada do livro As Aventuras de Pinóquio do italiano Carlo Collodi, Pinóquio — o menino de madeira — como qualquer garoto, é inocente ao ponto de acreditar numa promessa de um estranho e curioso o suficiente para colocar o dedo no fogo ou atrapalhar o sono do pai com suas perguntas: Por quê? Por quê? Por quê?.

Abaixo publicamos a mini-história do Pinóquio, editada pela Disney, a qual deixa várias lições, como não confiar em estranhos, saber escolher as amizades, não mentir e sempre suspeitar do caminho fácil para o sucesso. Por mais que sejam óbvias, é inegável que são mensagens sempre eficientes e atuais para que você leitor: mamãe, papai, avó, avô, tia, tio e etc. possam ler e reler para seus pequeninos que certamente se deliciarão com os personagens muito carismáticos, desde um grilo até uma baleia Monstro, que representa a maior ameaça para nosso pequeno herói, sem contar o momento em que o nariz cresce em consequência das mentiras de Pinóquio — um garoto que tudo o que quer é ser um menino de verdade!

Era uma vez um velho carpinteiro chamado Gepeto que vivia numa aldeia italiana. Ele não tinha filhos, desta forma passava seu tempo construindo bonecos.

Um dia, Gepeto construiu um boneco de madeira muito bonito,quase perfeito e colocou o nome de Pinóquio e pensou alto: — Serás o filho que não tive, teu nome será Pinóquio.

À noite, pediu para as estrelas que seu boneco virasse um menino de verdade e, enquanto Gepeto dormia Pinóquio recebeu a visita da fada Azul que tocando Pinóquio com a varinha mágica disse:

— Vou-te dar vida, boneco.

Mas deves ser sempre bom e verdadeiro!

Ela deu vida ao boneco e prometeu que se ele se comportasse bem, o transformaria em um menino de verdade...

A Fada fez questão de criar um amigo para Pinóquio, o Grilo Falante que foi nomeado a consciência de Pinóquio.


Na manhã seguinte, quando Gepeto acordou, ficou radiante de alegria ao perceber que seus desejos se tinham tornado realidade.

Mandou então Pinóquio à escola, acompanhado pelo Grilo Falante — Pepe.

No caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata.

— Porque vais para a Escola havendo por aí tantos lugares bem mais alegres?

— perguntou a raposa.

— Não lhe dês ouvidos! — avisou-o Pepe.

Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, seguiu mesmo os tratantes e acabou à frente de Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetas.

— Comigo serás o artista mais famoso do mundo! – segredou-lhe o astucioso Strombóli. O espetáculo começou. Pinóquio foi a estrela.

Os outros bonecos eram hábeis enquanto Pinóquio só fazia asneiras ... Por isso triunfou! No final do espetáculo Pinóquio quis ir embora, mas Strombóli tinha outros planos.

— Fica preso nesta jaula, boneco falante.

Vales mais que um diamante!

Por sorte o grilo Pepe correu e avisou a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio.


Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia. — Não tenho casa! — respondeu o boneco.

A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele deu a mesma resposta.

Mas, cada vez que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica.

— Não quero este nariz! — soluçou Pinóquio.

— Terás que te portar bem e não mentir!

Voltas para casa e para a Escola. — disse-lhe a Borboleta Mágica.

Depois de regressar a casa, aonde foi recebido com muita alegria por Gepeto, passou a portar-se bem.

Tempos depois, de novo quando ia para a Escola, Pinóquio encontrou pelo caminho João Honesto e Gedeão. Eles o convenceram a conhecer a Ilha de Prazeres, onde ninguém trabalhava.

Pinóquio, que gostava de aventuras, esqueceu que deveria consultar sua consciência. Seguiram a viagem em uma carroça que era puxada por burrinhos, muito infelizes.

Quando chegaram, Pinóquio saiu correndo, para conhecer a ilha. Era tudo muito bonito, cheio de doces e brinquedos.

Ele estava brincando, quando percebeu que suas orelhas estavam crescendo e ficou com medo de se transformar em um burro. Ficou muito assustado e chamou pelo Grilo Falante.

O Grilo perguntou a Pinóquio o que estava fazendo na ilha, ele começou a mentir, e a cada mentira seu nariz crescia.

Os dois acabam descobrindo que as crianças que vinham para aquele lugar eram transformadas em burrinhos.

— Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro? Levar-te-iam para um curral!

— Sim, vou contigo, meu amigo Pepe. Resolveram pedir ajuda para a Fada Azul, que tirou todas as crianças da ilha.

Quando voltou para casa, Pinóquio não encontrou Gepeto.

Estava procurando em uma praia, quando encontrou uma garrafa com uma carta dentro.

A carta dizia que Gepeto estava procurando Pinóquio no mar, quando foi engolido por uma grande baleia chamada Monstro.

Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada e entraram no mar para procurar Gepeto.

Perguntavam a todos os peixinhos que encontravam, se conheciam a baleia Monstro e dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia.

— Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe.

— Saltemos para a água! Mas não puderam se salvar!!!

A baleia engoliu-os !!!


Em breve descobriram que no interior da barriga estava Gepeto, que tinha naufragado no decurso de uma tempestade e pai e filho se abraçaram de alegria.

— Perdoa-me papá.

— Suplicou Pinóquio muito arrependido.

Logo depois chegou o grilo, e os três juntos tiveram a idéia de fazer uma fogueira na barriga da baleia o que fez com que a baleia espirrasse forte, por causa da fumaça, jogando os três para fora.

A partir daí, Pinóquio, mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, o transformou num menino de carne e osso, num menino de verdade.
— Agora tenho um filho verdadeiro! Exclamou contentíssimo Gepeto.





terça-feira, 19 de janeiro de 2016

A galinha dos ovos de ouro




ERA UMA VEZ um casal sem filhos que vivia numa pequena cidade do interior. Eles eram conhecidos por serem muito avarentos e nunca estarem satisfeitos com nada. Se estava sol, queixavam-se do calor; se estava frio e chuva queixavam-se de viver num sítio onde nem sequer podiam sair de casa…
Para além do mais, eram capazes de tudo por uma moeda de ouro!

Um dia, um duende brincalhão que por ali passava ouviu o que se comentava na cidade sobre esse casal, e decidiu provar se era verdade tudo aquilo que se dizia sobre eles.

Numa tarde em que o marido vinha da floresta carregado com lenha, o duende apareceu-lhe de dentro do tronco de uma árvore e disse-lhe: “Olá bom homem! Sentes-te bem? Pareces cansado e triste… Será que estás com fome ou doente?

O homem, um pouco assustado com a presença do duende, respondeu: “Não… não estou doente nem cansado, e também não tenho fome… nada de mal se passa comigo. Só estou triste porque eu e a minha mulher somos pobres e não conseguimos ter muitas coisas boas como gostaríamos de ter…

Então o duende respondeu: ”Se não tens fome nem frio nem estás doente, então alegra-te porque não és pobre!”.
Mas o homem insistiu: “Sou sim. Um homem que não tem ouro é pobre!”.

DuendeO duende riu-se e respondeu: “Olha que estás enganado. Eu se quiser posso ter todo o ouro do mundo, pois como sou duende sei onde se escondem todos os tesouros. Mas a mim o que me faz falta é a luz do dia, ter o que comer e uma casa quentinha onde possa dormir descansado. Além disso preciso de ter saúde e ser forte para poder caminhar e apreciar tudo o que me rodeia. E como tenho tudo isso sou muito rico e feliz!

“Disparate!” Disse o homem, e insistiu “Ser pobre quer dizer que não se tem ouro. E como eu não tenho ouro não posso ser feliz”.

“Tenho muita pena de ti homem” disse-lhe o duende “E para que sejas feliz como achas que deves ser, vou dar-te uma galinha que todos os dias porá um ovo de ouro. Só terás de esperar e recolher todos os dias um ovo. Não tarda nada, terás todo o ouro que sempre desejaste ter e tu e a tua mulher serão felizes para sempre”.

Do tronco onde estava o duende saiu uma galinha que cacarejava alegremente. O homem, espantado, colocou-a rapidamente debaixo do braço e desatou a correr ladeira abaixo direitinho a casa, enquanto o duende ria às gargalhadas.
Assim que entrou em casa mostrou à sua esposa a galinha e contou-lhe tudo o que tinha acontecido.

Marido e mulher ficaram toda a noite à espera que a galinha pusesse o tão desejado ovo de ouro. De manhã cedo, a galinha começou a cacarejar e, pouco depois, surgiu debaixo dela um enorme e brilhante ovo de ouro!

ovo de ouro .Ao verem o ovo, o casal ficou radiante mas, minutos depois, a mulher comentou: “Que chatice… teremos de esperar até amanhã para termos outro ovo de ouro!”. Ao que o marido respondeu: “Pois é… que azar. Terão de passar muitas semanas até termos ovos suficientes para sermos os mais ricos da cidade. Devia ser por isso que o duende se ria às gargalhadas quando me deu a galinha”.

Então a mulher lembrou-se: “Sempre ouvi dizer que as galinhas já têm dentro delas todos os ovos que vão pôr… Se isso é verdade, porque é que não matamos agora a galinha e tiramos todos os ovos de ouro de uma vez? Seremos bem mais espertos do que o duende pensa!”.

O homem concordou, e sem hesitar, pegaram na pobre galinha e abriram-na para assim poderem tirar todos os ovos.
Mas qual não foi o espanto do casal ao ver que dentro da galinha não havia nenhum ovo de ouro…
Marido e mulher começaram a praguejar e a chorar, lamentando-se da sua sorte, pois por ganância tinham perdido para sempre a galinha dos ovos de ouro.

Espreitando pela janela, o duende ria-se e abanava a cabeça, pensando que a verdadeira felicidade não está em ter ou não ouro mas está sim no coração de cada um.


segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Cachos dourados e os três ursinhos

                                      

ERA UMA VEZ uma família de ursos que vivia na floresta. Todos os domingos, o papá Urso, a mamã Ursa e o filho Ursinho, vestidos com as suas roupas mais bonitas, costumavam dar um passeio pelo bosque, antes da hora de almoço. A mamã Ursa, antes de sair, deixava já na mesa três taças de leite, para que assim que chegassem, pudessem logo sentar-se à mesa e comer. Passado pouco tempo da família de Ursos ter saído de casa, uma menina loira,Cachos dourados e as três cadeiras chamada Cachos Dourados, perdeu-se na floresta, e foi ter perto da casa dos três ursos. Como era muito curiosa e tinha fome, entrou na casa sem bater à porta. Lá dentro, não viu ninguém e, ao aproximar-se da mesa, viu as três taças de leite, que provou. Na taça grande, o leite estava muito quente, na média estava muito frio e na taça pequena, como o leite estava morno, ela bebeu-o. Depois, viu três cadeiras e, como estava cansada, experimentou-as. A primeira cadeira era muito grande e ela não se conseguia sentar; a segunda cadeira era muito larga e ela escorregava; a terceira era tão pequenina e frágil que, quando ela se sentou partiu-se!

Mesmo assim, Cachos Dourados não se incomodou, e subiu as escadas, encontrando dois lindos quartos. No primeiro, que era rosa, tinha duas camas, uma grande e uma média. No segundo, que era azul, tinha uma cama pequena. Experimentou a cama grande mas era muito dura. A seguir, experimentou a média mas achou-a muito mole. No quarto azul, deitou-se na cama pequena e achou-a tão confortável que adormeceu.

Entretanto, os três Ursos chegavam a casa do seu passeio. Ao aproximarem-se da porta, ficaram surpreendidos, pois esta se encontrava aberta. Quando entraram, viram a sala toda desarrumada, e o Ursinho gritou: “Alguém bebeu do meu leite e partiu a minha cadeira!”. E o papá perguntou: “Quem armou esta confusão?”. Então, os três ursos subiram as escadas, e entraram no primeiro quarto. A mamã Ursa exclamou: “Alguém esteve deitado nas nossas camas!”. E logo a mamã e o papá Urso ouviram o Ursinho gritar, do outro quarto: “Papá, Mamã, venham rápido, pois está uma menina a dormir na minha cama!”.

Cachos Dourados a caminho de casaAssim que o papá Urso e a mamã Ursa entraram no quarto, e com toda a confusão que se estava a passar, Cachos Dourados acordou, sobressaltada e, ao ver os três ursos, correu em direção à janela. O Papá Urso, para evitar que Cachos Dourados caísse, correu atrás dela e conseguiu segurá-la pelo vestido. Depois de conseguirem acalmar Cachos Dourados e explicar-lhe que aquela era a casa dos Ursos, ela e o Ursinho ficaram amigos e, Cachos Dourados prometeu nunca mais mexer nas coisas das outras pessoas sem autorização, nem voltar a afastar-se dos seus pais.


sábado, 16 de janeiro de 2016

Alice no pais das maravilhas




Estava Alice no jardim a ouvir uma história que a sua irmã mais velha lhe contava quando, de repente, viu passar um coelho branco muito bem vestido e de luvas brancas!

Alice correu logo atrás dele mas rapidamente o coelho desapareceu pelo chão. Alice seguiu-o apressadamente e descobriu um buraco fundo junto a uma árvore onde o coelho desaparecera.

Deslizou cuidadosamente pelo buraco, estranhamente decorado, e quando chegou ao fundo deu com um corredor com várias portas fechadas. Numa ponta do corredor, Alice viu uma pequena mesa onde estava pousada uma chave dourada. Alice pegou na chave e tentou abrir, uma a uma, todas as portas daquele corredor. Quando já estava prestes a desistir, reparou numa pequenina porta, a um canto do corredor. Ao colocar a chave na fechadura, a porta abriu facilmente e através dela Alice viu um lindo jardim!

garrafa e chávenaMas Alice era demasiado grande para passar por aquela pequena porta. Desapontada, fechou a porta e voltou a olhar à sua volta. Reparou que na mesa estava agora uma garrafa com um rótulo que dizia: ”Bebe-me”. Alice pegou na garrafa e bebeu. De repente começou a encolher, a encolher até ficar pequenina como um ratinho!

“Oh meu Deus!”, Disse a Alice, “Agora estou demasiado pequena para chegar à chave!…”. Enquanto tentava de alguma forma chegar ao topo da mesa, Alice bateu com o seu pé numa caixa de biscoitos que estava no chão. Nela estava escrita “come-me” e, sem pensar, Alice tirou um biscoito da caixa e comeu-o. Então começou a crescer, a crescer até ficar tão grande que a sua linda cabeça bateu rapidamente no teto!

“Agora tenho a chave”, choramingou, “mas estou outra vez demasiado grande para passar pela porta”. Sem pensar calçou uma luva que acabara de encontrar no chão e, inesperadamente, encolheu para o tamanho certo, conseguindo passar pela porta até chegar ao jardim!

coelho brancoAssim que chegou ao jardim, viu o coelho branco, a passar muito apressado. Alice correu atrás dele e perguntou: “Onde vais tão apressado?” Ao que o coelho respondeu: “Não tenho tempo para conversas. A rainha de copas está à minha espera!”. E partiu, correndo, antes que Alice o pudesse seguir.

De repente, Alice ouviu uma voz que dizia: “O chapeleiro louco e a lebre de março é que te podem dizer… mas os dois são malucos!”.
Gato de CheshireAlice olhou à sua volta e só passado um instante é que viu aparecer primeiro um sorriso, a seguir uma cabeça e só depois um gato inteiro. Este disse sorrindo: “Eu sou o gato de Cheshire”.

A partir das informações que o gato deu a Alice, esta entrou na floresta, à procura da lebre de março e do chapeleiro louco. Ao encontrá-los, o chapeleiro louco e a lebre de março convidaram Alice a tomar um chá. Eles informaram Alice que tomavam chá todos os dias juntos por ordem da rainha de copas!

Alice decidiu então descobrir quem era a rainha de copas de quem toda a gente falava e temia.

Durante o caminho, Alice encontrou algumas cartas de jogar que pintavam rosas brancas de vermelho. Alice perguntou: “O que é que estão a fazer?!”. E as cartas de jogar que afinal eram jardineiros, responderam: “A rainha de copas detesta branco!”. Antes que Alice pudesse perguntar mais alguma coisa ouviu o que parecia ser o barulho de uma grande festa a chegar…

rainha de copasEra a rainha de copas com todos os seus criados! Ao ver Alice, a rainha ordenou furiosa: “tirem-lhe a cabeça imediatamente!”. Mas o rei murmurou: “Minha querida, talvez ela saiba jogar croquet…”. Então a rainha pensou por uns segundos e depois gritou: “Deem-lhe uma bola e um taco e vamos ver do que ela é capaz!”.

Alice pegou no taco e na bola mas viu logo que este não ia ser um jogo fácil de jogar. Os tacos eram flamingos cor-de-rosa que tentavam fugir e as bolas eram ouriços-cacheiros que, por não quererem ser batidos, não paravam quietos!
A rainha ao ver que Alice não conseguia jogar, ficou vermelha de raiva e gritou: “A menina não sabe jogar! Tirem-lhe a cabeça de uma vez!”.

Alice muito aflita falou: “Majestade, a culpa não é minha. Os ouriços-cacheiros estão sempre a fugir e os flamingos sempre a voarem!”. Mas antes que Alice pudesse dizer mais alguma palavra, já se encontrava num tribunal rodeada do rei e da rainha de copas, juntamente com todos os habitantes do reino.

árvore do jardim da AliceAlice levantou-se para se defender mas de repente começou a crescer e a crescer, e tudo começou a girar à sua volta, tornando-se numa enorme confusão.

Alice abriu os olhos e viu, surpreendida, que estava novamente no jardim ao lado da sua irmã, e que esta lhe oferecia uma chávena de chá…
Alice pensou – Teria sido tudo um sonho?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Memórias de um Rei


Eis que ainda lembro-me de teus verdes campos onde o vento mais parecia escovar tua relva; teu crepúsculo era ainda mais lindo que uma gravura divina e teu amanhecer, como o próprio paraíso.
Ainda lembro-me de teus vales e córregos e o florescer de tuas primaveras; teus rios eram a essência de teus cidadãos e tuas matas, o saciar de nossa fome.
Lembro-me de ventos, chuvas e estrelas que tantas vezes foram os berços que acalentaram minhas noites; tuas águas, tuas montanhas, tua vida.
Minha querida Camelot!
Os medos que existiam em mim eram desfeitos quando em ti pensava; minhas glórias e meus feitos tinham a ti como objetivo.
Jamais duvidei de ti e todas as honras vos eram dedicadas; meu paraíso e meus tesouros certamente encontram-se em teus domínios.
Pode haver mais beleza e magia em algum outro lugar?
Não minha doce Avalon!
Vós que me enfeitiçais com encantos de ternura e compaixão e que em beijos, saciaram minha sede; vós que espalhaste amor por todo meu reino e que com sabedoria deixaste em mim a marca de vosso ser sabeis: nunca haverá em meu coração outra senão vós. Jamais tornarei a amar alguém com tanta intensidade e minha alma estará eternamente selada a vossa.
Mesmo que as nuvens caiam e que se torne negro o sol, o meu amor não diminuirá minha amada Morgana.
Porém sei também odiar e que os céus me ouçam! Vós que manchastes de negro meu reino e de minhas terras afastastes a paz, rezai.
De trevas e perversão tingistes meu povo e de calúnias e engodos construístes um império. Não terás de mim nenhuma compaixão nem piedade.
Pode haver escuridão e névoa em vosso redor, mas ainda assim vos digo: temei vilão, pois minha ira só será aplacada após vossa destruição.
Esperai por mim odioso Modred!
Amigos são como o vento que não sabemos de onde vem ou para onde vão. Por toda a minha vida esperei por um irmão e eis que, diante de mim, como uma labareda flamejante tu apareceste. Nenhum ser, mortal ou divindade teve por mim maior afeto.
Vossa espada e vosso escudo defenderam meu reino como a águia defende seu ninho; vosso cajado se ergueu para proteger camelot e, por isso meu irmão, eu o saúdo.
Agora que o ar se esvai de meu peito e minha alma se afasta de meu corpo, posso apenas me despedir de ti:
Adeus meu amigo! Adeus Lancelot!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Insônia




Não deveria escrever, mas talvez, assim consiga descansar. Nunca senti tanto medo como agora. Talvez ninguém chegue a ler, e como qualquer outro papel, isso vá para o lixo. Não espero a piedade nem a pena de quem estiver lendo. Apenas esclareço o que aconteceu aqui, pois eu não ficarei para explicar. Não se pode mudar o que está feito, os motivos só interessam a mim, apesar de não sabê-los ao certo. Portanto, explicarei somente os fatos e não explicarei os porquês. A garota que encontrará no sótão é minha filha, espero que tenha o cuidado de arrancar o arame de seu pescoço antes de desamarrá-la da cadeira. Certamente, você irá concordar comigo que ela é muito bonita. A garota é muito parecida com a mãe, falecida há três anos. Para comprovar, deixei o retrato da minha querida Lucia, no colo da menina. Michele tinha dois 12 anos quando minha esposa foi atropelada. Era nossa única filha. Depois do choque da morte, veio o período de superação, o qual atravessamos muito bem, confiávamos muito um no outro. O seu primeiro aniversário sem a mãe foi o pior momento depois da tragédia. Encomendamos uma missa para Lúcia e choramos o dia inteiro. Não quis mais saber de outra mulher, nunca me acostumei com sua morte. Ah! Como queria ter morrido junto com ela, não teria que encarar todo este inferno! Começou uma semana depois do dia do aniversário da minha filha. Havia acabado de voltar do trabalho, minha casa estava toda apagada como de costume. Sentei-me na poltrona sem acender as luzes e acendi um cigarro. Liguei o rádio e, na estação, tocava a nossa música. A música que eu e Lúcia escutávamos! Falava de temas medíocres, como um amor não correspondido e traição. Mas a melodia era tão doce! Comecei então, a sentir o cheiro de sua pele, o toque de suas mãos; escutava seus passos, a sua voz! De repente escutei sua voz cantando no banheiro! Não era possível! A mesma música, a mesma voz! Ela não tinha morrido, estava apenas no banho! Cheguei à porta e comecei a escutar o doce som. A música parou depois de dois minutos e também a voz. A porta abriu e, o vapor do banheiro,trazia para mim o seu cheiro. Ah como eu fremia! A fumaça dissipou-se e estava pronto para agarrá-la em meus braços! Que sensação foi aquela? Medo? Susto? Somente fiquei paralisado! Toda a minha excitação sumiu junto com a fumaça! Era a minha filhinha! Era ela quem cantava a música e, sem entender nada, com a toalha envolta em seu corpo, cumprimentou-me com um beijo na bochecha e disse-me, rindo:


— Oi Pá! Não quis te assustar, vi o senhor dormindo e não quis te acordar!

Seu corpo molhado, seus cabelos... Ela realmente tinha crescido.

— Tudo Bem? Perguntou-me a garota.

Algo em minha fisionomia deve ter me denunciado. Tentei sorrir, mas o máximo que consegui, foi contrair os meus lábios grotescamente. Fingi um mal estar, tranquei-me em meu quarto, tomei dois calmantes e dormi.

Durante a primeira noite de sono, apesar dos calmantes, acabei acordando de madrugada. Fui ao banheiro, e ao voltar, percebi que a porta do quarto de Michele estava aberta. Decidi entrar no quarto para ver se a minha menina dormia bem. Desde o dia da morte de sua mãe, ela não deitava sem a luz acesa de seu abajur. Suas pernas estavam descobertas e era uma noite fria, sem acordá-la cheguei perto de sua cama, acariciei seu rosto e.ao cobrir suas pernas com o edredom que estava aos pés da cama, meus dedos resvalaram em sua macia pele. Senti um horrível frio na espinha e uma tremendo desespero. Sai de seu quarto e fui direto à cozinha. Abri uma lata de cerveja e a bebi rapidamente. Voltei ao meu quarto, mas a noite para mim já estava perdida. Por mais que eu me virasse e me mexesse, não conseguia descansar. Percebi que estava amanhecendo por causa da claridade que invadia meu quarto através das frestas da janela.

Exausto, tomei um banho gelado para acordar. Nesse dia nem acordei a minha filha para ir a escola, pois tinha medo de entrar em seu quarto . Enquanto esquentava meu café ela apareceu com o uniforme da escola. Já havia se trocado, porém estava atrasada para aula. Pediu-me que a levasse de carro, pois me culpava por não tê-la acordado e por isso ter perdido a hora. Um pouco contrariado, acabei cedendo e dando a carona. Lembro-me tão detalhadamente daquele dia! Na frente da escola beijei-a no rosto e lembro-me tanto daquele perfume... Depois de sair do carro, percebi que um garoto, usando o mesmo uniforme, segurou sua mão levou- a ao lábios e a beijou ternamente. Tentando disfarçar, minha filha olhou para mim, largou rapidamente a mão do rapaz, o qual parecia ser mais velho que ela, e entrou correndo para a escola. Percebi, porém que antes de entrar na instituição ela ainda deu um lindo sorriso para o rapaz, que correspondeu no mesmo instante.

Na minha frente! Não tinha respeito pelo pai?! A minha menina paquerando dentro da escola! Agarrei-me ao volante com tanta força, que minhas unhas cravaram na borracha! Os meus dentes rangiam e novamente o fantasma me assombrou. Vi Lúcia na frente do meu carro. Estava como no dia de nosso encontro, um vestido longo, os cabelos soltos, até o mesmo sapato salto-alto! Sorria para mim. Meus olhos encheram-se de lágrimas e gritei. De repente, de seus olhos começou a vazar sangue enquanto ela ria ensandecida em minha direção. Logo depois apareceu o mesmo garoto que havia pegado na mão de Michele. Ele aproximou-se da minha mulher a começou a beijá-la como um animal sedento. Os dois riam como loucos e apontavam seus dedos para mim. Fiquei tomado de um ódio tão profundo! Todavia, o sentimento foi substituído por um pavor incomensurável. Um frio inexplicável tomou conta de todo meu corpo. Sentia meu sangue correndo rapidamente para minha cabeça. Escutei um horrível zumbido. Tentei recobrar o autocontrole, porém conforme o medo desaparecia, uma terrível cólera surgia mais forte que a anterior. Mordi meus lábios até sangrarem. Tentava convencer-me de que tudo aquilo era mentira. Ela estava morta havia dois anos, não poderia ser real! Fechei meus olhos e com medo do que poderia ver ao abri-los, mantive-os assim por um bom tempo. Ao abri-los, a imagem já havia ido embora. E rindo de tamanha besteira, pensei:

“Isso é que dá! Não dorme à noite e fica sonhando acordado.”

Era um ciúmes sem sentido. “As garotas dessa idade sempre têm um paquerinha! Vê se entende e esquece a sua mulher! Ela já morreu, não é a sua filha!” Apesar de tentar me convencer com meus próprios argumentos, ainda assim me sentia inquieto. Liguei o carro, acelerei e fui ao trabalho para tentar me distrair. Passei a tarde inteira com a visão fantasmagórica de minha esposa e resolvi dar um fim nesse pesadelo.

Ao chegar em casa, fui direto ao meu quarto e abri o armário. Decidi pegar todas as roupas da falecida e jogá-las fora, pois estavam me consumindo. Precisava libertar-me das visões, portanto juntei-as todas em um saco de lixo e joguei-as para fora de casa. Pensei em jogar fora, também, suas fotos, mas seria doloroso de mais.

Cansado, preparei o jantar para Michele e fui dormir. Foi o melhor descanso, depois do desastre. Depois daquela noite, as coisas pareciam ter melhorado. Passaram três meses e as visões não vieram mais. Comecei a me acalmar, porém via a minha filha muito menos. Tudo parecia ir tão bem!

Como estava enganado! Decidi, um dia, pegá-la depois da aula, havia saído mais cedo do trabalho, portanto decidi fazer uma surpresa. Minha filha estava tão linda! Vi Michele correndo pelo portão. Que lindo sorriso! Foi uma das primeiras a sair, porém não tinha me visto ainda. Foi então que eu presenciei tamanha desgraça! Ela entrava em um carro totalmente desconhecido para mim. Entrava alegremente e com tamanha familiaridade, que tive vontade de sair do carro e espancá-la na frente de todos! Meu coração acelerava e comecei a chorar de ódio! Tal era o meu desespero, que as minhas mãos tremiam. Controlei, contudo, os meus sentimentos. Segui o automóvel, com medo do que eu poderia ver. Tive o cuidado de ficar sempre por volta de uns trezentos metros de distância do veículo. Assim que ele parou, decidi estacionar do lado oposto da rua em que estava o maldito carro. Michele estava agora na frente de uma bela casa branca, com um grande quintal, porém ainda estava dentro do automóvel. O que estaria ela fazendo lá dentro? E com que ela estaria? Decidi afastar de mim toda a suspeita maliciosa. Afinal de contas era a minha filha! A qual criei muito bem! No entanto, ao abrirem-se as portas, todas as minhas suspeitas confirmaram-se. Desceram do carro a minha filha e aquele moleque que a paquerava na frente da escola! Sem vergonha, já se encontrando a sós com rapazes! Aquele filho da puta querendo levar a minha filha para a casa dele! Era muito para mim! Há quanto tempo ela freqüentava aquela casa? No mínimo há dois meses. Como tinha coragem? Quis sair e trazê-la para o carro à força, porém a minha curiosidade era maior que a minha raiva e fiquei parado, escondido entre as árvores da calçada em que havia estacionado. A sua excitação era tanta, que Michele nem olhava para os lados, portanto eu nem me preocupava em ser descoberto. Como doeu ao ver a menina beijando a boca do rapaz, enquanto ele passava a mão em todo seu pequeno corpinho. O corpo que era meu! Ela era a minha filha! E ninguém tinha esse direito! Provavelmente ele a teria iludido. Uma garota tão nova... Elas são tão ingênuas! Apesar de toda a minha ira, não fiz nada além de observar. Foi uma questão de tempo até os dois entrarem na casa.

Entrei no carro e corri como louco até a minha residência. Não me preocupava com faróis, ou pedestres. Durante o percurso, atropelei um pequeno cão que atravessava a rua. Na verdade eu queria matá-lo! A minha raiva era imensa! Conforme eu me distanciava podia ouvir os ganidos do bicho! Não posso descrever a sensação que senti, ao compreender a gravidade do meu ato! Senti-me assustado, porém me sentia aliviado, como se eu tivesse passado toda a minha raiva para o animal. Deveria ter me jogado contra o primeiro poste! Não sofreria tanto! Teria evitado esse terrível sofrimento!

Depois disso, eu começo a não me lembrar muito bem dos fatos. Lembro de ter chegado em casa. E de ter dormido com Lúcia! Ela estava em casa quando eu cheguei. No quarto, ela me esperava. Estava toda nua abracei-a, beijei-a como nunca. Nem consegui dormir. A minha felicidade era imensa ela estava lá para me consolar. Acho que cochilei um pouco, olhei para o meu lado e ela não estava na cama. Procurei-a pela casa e encontrei-a no banheiro, usando seu belo vestido de noiva! Era a única peça que eu não havia jogado fora. Estava bela, dançando na frente do espelho. Um imenso ódio me invadia e eu não sabia o porquê. Era verdade! Ela havia me traído com um pivete, e eu vi! Entrou até na casa dele. E agora vestia-se de noiva, na minha frente. Não poderia agüentar tudo aquilo. Ela tinha que pagar pelo que fez! Me traiu! Pensava que eu não tinha visto!

Foi tudo muito rápido, lembro-me apenas de minha mão em volta de seu pescoço. E de algo fino e frio em minhas mãos. Ela tentava gritar, mas eu não escutava nada! Sentia-me exausto. Depois não me lembro de mais nada.
Acordei com uma tremenda dor de cabeça e, então, foi somente o horror! O mesmo que me persegue há dois dias! A minha filha está em meu quarto! O seu rostinho está preto. Ela está com o vestido de noiva de Lúcia! Não consigo mais suportar tamanho terror! E tendo expostos os fatos que nem eu mesmo entendo, tentei somente relatá-los.
Hoje conseguirei descansar! Comprei quatro caixas de raticidas, uma de cada marca diferente! Não consigo exprimir meu tamanho contentamento! Hoje conseguirei descansar e, em breve, encontrarei-me com minhas duas princesas!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O Homem Que Resolveu Obedecer



Jonas era um pregador e amava a Deus. Ele orava cada dia e sempre fazia o que Deus queria, falando ao povo qual era a vontade de Deus. Certo dia, Deus lhe disse:

- Jonas, vá até a grande cidade de Nínive. Eu quero que você leve uma mensagem ao povo que mora naquela cidade. Eles precisam deixar a vida que estão levando e se arrependerem das coisas ruins que fazem. Você deve dizer ao povo que Eu o enviei para dar essa mensagem e que estou fazendo isso porque amo a todos. Você deve ir imediatamente!

Jonas, porém, não estava disposto a obedecer à ordem de Deus. Ele não queria ir a Nínive; estava com medo. Achava que o povo poderia rir dele enquanto pregasse. Ele achava que esse era um trabalho perdido. Que o povo era muito mau e nunca iria se arrepender. Além disso, ele não desejava ir para tão longe. Dessa vez, Jonas decidiu que não iria obedecer a Deus.

Vocês sabem o que foi que Jonas fez? Ele tentou fugir de Deus. Foi até o porto e ali havia um navio que estava partindo para um lugar justamente ao contrário de onde Deus havia mandado que ele fosse. Pagou a passagem e entrou depressa no navio. Desceu as escadas e foi até lá embaixo, no porão do navio. Ele achava que ninguém iria encontrá-lo ali e poderia dormir o tempo todo da viagem sem ser incomodado.

Deus, porém, sabia onde Jonas estava. Mesmo ali no porão do navio, Jonas não podia fugir de Deus. De repente, veio uma tempestade. O vento soprava muito forte. As ondas se levantavam altas e batiam no navio, jogando-o de um lado para outro. O vento aumentava e as ondas continuavam arrebentando sobre o barco!

Os marinheiros não sabiam o que fazer. Parecia que o navio ia afundar. Com o balanço forte do navio e com os gritos desesperados dos marinheiros, Jonas acordou, subiu até onde eles estavam e, vendo toda aquela situação, sabia o que na verdade estava acontecendo. Reuniu os homens do navio e disse:

- Não tenham medo! Foi o Deus do Céu que enviou essa grande tempestade. Ele a enviou porque eu O desobedeci. Joguem-me no mar e a tempestade vai passar.

Os marinheiros ficaram apavorados. Não queriam fazer isso. No entanto, a tempestade aumentava cada vez mais e parecia que todos iriam morrer. Jonas, porém, continuava dizendo a eles que o único meio de fazer parar a tempestade era jogá-lo no mar. Assim, os marinheiros não tiveram outro meio senão atirar Jonas ao mar. Imediatamente a tempestade parou. Pobre Jonas! Foi lá para o fundo do mar... sozinho.

Deus, porém, estava cuidando de Jonas durante todo o tempo. Ele sabia onde Jonas estava e amava Jonas. Ele preparou um grande peixe para cuidar de Jonas lá no fundo do mar.

O grande peixe engoliu Jonas e nadou três dias pelo mar. Ali dentro da barriga do peixe, Jonas pode pensar no pedido que Deus Lhe havia feito. Orou a Deus e Lhe pediu perdão. O peixe então nadou até perto da praia, deu uma grande tossida e Jonas rolou para a areia.

Jonas estava triste e arrependido. Dessa vez, Ele resolveu obedecer a Deus, quando Deus lhe falou novamente:

- Jonas, eu quero que você vá pregar na cidade de Nínive. Diga às pessoas que Eu as amo. Diga às pessoas que se arrependam de todas as coisas ruins que têm feito.

E Jonas foi imediatamente! Assim, ele ficou em paz e muito feliz por obedecer a Deus.

Deus também nos vê e cuida de nós todo o tempo, como cuidou de Jonas quando esteve lá na barriga do peixe. Assim como Jonas, devemos pedir perdão a Deus quando não fazemos a Sua vontade. Quando Lhe pedimos, Ele nos ajuda a obedecer, da mesma maneira que ajudou a Jonas.

Devemos sempre atender quando Ele fala ao nosso coração.

A Bíblia nos diz: “Ouvi a voz do Senhor!”

Jesus fica contente quando você obedece. A mamãe e o papai ficam contentes e você também fica contente. Todos ficam contentes quando obedecemos.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

As sem-razões do amor




Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.